Operador logístico: o que é e como atua na gestão do transporte?
- Natália Oliveira
- 28 de dez. de 2022
- 3 min de leitura

Muitas empresas ou indústrias que contratam um operador logístico buscam mais competitividade no transporte. O volume de mercadorias e produção vem aumentando ano após ano, seja de indústrias de base, de bens intermediários ou de bens de consumo. Todas, além de movimentarem a economia, também têm algo em comum: a necessidade de transportar com eficiência esse estoque.
O que faz um operador logístico?
Pense em toda produção de um bem de consumo, desde a compra de insumos para a industrialização, a produção, armazenamento, movimentação, transporte, todas as pessoas que estão envolvidas nesse processo e todos os recursos utilizados para essa logística, fazendo uma gestão eficiente da cadeia.
O operador logístico é responsável pela etapa de movimentação dos insumos para indústria, da organização da armazenagem e do transporte em diferentes modais, mas, principalmente o modal rodoviário, que representa 60% das movimentações de cargas no país.
E, cada etapa, representa uma parte importante para o abastecimento e distribuição, como:
Armazenagem
A gestão do armazenamento pode ficar a cargo do operador logístico, já que é possível mapear o local e definir a melhor organização das instalações. É importante priorizar os melhores tempos e integridade das cargas na hora da liberação e carregamento dos caminhões.
Dependendo do tipo de atuação da indústria, um dos métodos que podem ser aplicados é a logística cross docking. A armazenagem não é feita por longos períodos, mas sim, por um tempo máximo de 24 horas, veja mais sobre a logística cross docking.
Além disso, o operador logístico pode atuar na armazenagem com:
Organização e centralização: organizar de forma estratégica para que a movimentação e fluxo de produtos seja otimizado, facilitando a logística interna da armazenagem, melhorando tempos para que todo processo ocorra cada vez mais rápido, potencializando a satisfação dos fornecedores e clientes sem atrasos na entrega.
Seguro de cargas na armazenagem: o bom acondicionamento das cargas em condições ideias de ventilação, temperatura e iluminação permitem o oferecimento de seguro para os produtos e instalações envolvidas no processo logístico.
Diminuição de avarias de carga: com um controle de entrada e saída das cargas, é imprescindível que haja um checklist para garantir a qualidade da carga no momento da entrada na armazenagem e saída para o carregamento e transporte, e isso pode ser gerido pelo operador logístico nessa etapa.
Gestão do Transporte de Cargas
O transporte de cargas necessita de uma gestão eficiente para garantir a qualidade e prazos dentro da cadeia de suprimentos, visto que qualquer incidente que atrase ou atrapalhe o fluxo da carga, pode gerar grandes prejuízos para a produção.
Por isso, o operador logístico é um grande potencializador na gestão do transporte de cargas, dentre suas principais funções, nessa etapa, podemos citar:
Gestão de transportadoras homologadas: praticamente toda indústria possui várias transportadoras que a atendem, e isso pode ser um problema sem uma gestão centralizada de todos esses parceiros. Por isso, o operador logístico pode atuar nessa camada da indústria com as transportadoras, otimizando o envio de cargas.
Gestão de motoristas autônomos: se o processo de gerenciar transportadoras pode ser complexo, quando chegamos nos motoristas autônomos, se torna ainda mais complicado ter informações padronizadas devido a tantas variáveis. Seja pela localização, motorista ou caminhão, tudo deve ser levado em consideração para o melhor direcionamento da carga para o melhor parceiro, e o operador logístico pode atuar nisso.
Padronização de processos: já que o operador logístico está a frente de muitas operações e possui uma ampla atuação da logística da indústria, é possível que ele defina padrões de processos, documentação, cadastro de motoristas, parceiros, parametrização de cargas e tudo que for necessário para garantir o transporte mais eficiente.
Pagamento dos fretes: dentre vários processos, o financeiro é um dos que mais tem importância na gestão da operação como um todo. Aqui, o operador logístico fica responsável pelo pagamento dos fretes, das diárias, quando necessário e do acompanhamento de toda saúde financeira da logística.
Acompanhamento da eficiência dos parceiros: a análise de eficiência dos parceiros também pode ser feita pelos operadores logísticos a partir de indicadores de performance, cargas atendidas com sucesso, atrasos e incidentes. Muito desses processos, num operador logístico tradicional, são manuais ou descentralizados.
Análise de toda operação logística: Seja por uma planilha no excel ou até por softwares de logística voltadas a esse propósito, o operador logístico consegue apontar melhorias para a operação logística, apesar de não ser o foco do operador tradicional, ainda é uma das atribuições possíveis dentro da supply chain.
CTe e MDFe: documentação logística
O Brasil possui grandes burocracias que precisam ser cumpridas no transporte de cargas. O operador logístico também pode fazer a emissão do conhecimento de transporte eletrônico (CTe) ou do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDFe) para as transportadoras.
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